quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

DESSESETE

Fim de ano a gente faz balanço.
O ano está longe de acabar mas sempre tem um ansioso pra perguntar sobre o reveillon. Gente, calma. Reveillon não precisa ser o melhor do programa do ano, a noite mais legal. É só um dia que a cidade fica acordada até mais tarde. Sinto muito, mas sua vida não vai mudar porque mudou o ano. Resolve de outro jeito.
Se eu fosse fazer um balanço tipo caderno cultural poderia começar por televisão.

Destaque do ano: Théo Becker. Um gênio. Sim porque um cara que cria uma metáfora com o War, é o cúmulo do pop. Essa entrou pra história e vale a citação: “sabe quando você tá jogando War e você tá dominando a Europa e todo mundo se reúne pra te atacar?” Maravilhoso, eu quero esse áudio de ringtone. Por falar em ringtone, ai que saco essa pressão pra resolver o celular. Telefone fixo também recebe ligação. Tá aí desde o século 19 firme e forte. Ok, vou resolver essa questão. Em Janeiro compro um troço novo.

Vamos continuar com os destaques e fingir que sou culta, senão fica muito bagaceiro.
O problema desse tema, é aquela velha história da faculdade que entrei depois de velha. Graças a ela, tô super por fora. Mas aproveito pra eleger o Lehmann e o pós dramático como destaque no teatro since 2007. Que foi quando o livro foi publicado no Brasil. Desatualizados já sabem: São Google o padroeiro dos ignorantes.

No cinema destaque para O Lutador, o filme que transformou o príncipe do cool no rei do glam. Não dá pra esquecer, a sequência da preparação do Mickey Rourke para lutar. Principalmente se a gente compara com o Rocky Balboa. Enquanto o Rocky come ovo cru, corre, treina, sobe e desce escada, sangue suor e lágrimas.
O Lutador, (pra quê se esforçar?) simplesmente vai ao cabeleireiro fazer a raiz do cabelo, faz uma sessão de bronzeamento artificial, vai no vestiário da academia, prepara uma big injeção de anabolizante, tasca a parada na bunda. Faz 15 minutos de levantamento de peso e tá pronto. Confesso que amo o Mickey Rourke, quando eu era pré adolescente, minhas amigas colecionavam pastas de fotos do Tom Cruise e eu fazia pastas e mais pastas dele (o Mickey Rourke).

Que mais? Destaque na música? Hummm... Aqui no meu universo o destaque foi o AC/DC, mas não posso deixar de destacar meu saco super cheio e a minha preguiça dessas cantoras de samba dress up Isabela Capeto. Com flor no cabelo, pés descalços e mãos nas cadeiras. Gente que saco, o jeito Sandy de ser chegou ao samba. Nunca pensei que fosse dizer isso, vou até respirar fundo: Ai que saudade da Alcione! Pronto falei. É claro que só de pensar nas unhas eu quase morro e tenho vontade de gritar. Mas não posso deixar de admirar o abuso. Pensando, bem falta pouco pra Alcione fazer um cover da Divine (Hello?! Se liga no John Walters). Sylvia gosta de gente exagerada, de glam e visual esquisito, tá na hora de reconhecer que a Alcione e a Lady Gaga estão muito próximas.